A segunda edição da Rota das Árvores do Porto leva-nos a conhecer a história das grandes árvores da nossa cidade. Daquelas que conviveram com reis, inauguram Exposições Internacionais, coabitaram com nobres e burgueses, embelezaram o primeiro jardim público da cidade, inspiraram escritores…
Abertura de inscrições: 12 maio 2017, às 9h00 (vagas preenchidas)
A 18 de setembro de 1865, inaugura a Exposição Internacional do Porto, a primeira a ser realizada na Península Ibérica, e com ela abrem ao público os jardins do Palácio de Cristal, o primeiro, grande e moderno, espaço de recreio público na cidade. Século e meio depois, este jardim e as magníficas árvores que o compõem; cedros, araucárias, metrosíderos, palmeiras entre outras, continua a ser um dos espaços verdes de referência da cidade. Na sua sombra, virados ao Douro e ao Atlântico, outros dois jardins se encontram; os da Casa Tait e da Quinta da Macieirinha, ambos residências reais… Mas se num deles do rei restam já só românticas memórias, no outro o tulipeiro ainda é o rei… Porque não prestar-lhe, e às suas sete magníficas irmãs, a honra de uma visita?
Abertura de inscrições: 2 junho 2017, às 9h00 (vagas preenchidas)
É no século XIX, e em muito derivado da construção dos jardins do Palácio de Cristal, que outros espaços de recreio públicos, como os jardins da Cordoaria (João Chagas) e do Carregal, se constroem na malha urbana do Porto. Estes adotam um traçado romântico, característico da época, e a utilização de espécies exóticas ornamentais, nomeadamente sequoias e araucárias de várias espécies e outras coníferas, que atingem hoje portes verdadeiramente monumentais. Longe da vista da maioria, escondidos no interior dos quarteirões sobranceiros à Rua de Cedofeita, foram muitos os jardins privados também criados e reinventados nesta época, como os da Baronesa do Seixo e da Quinta dos Carvalhos do Monte, sendo atualmente um dos segredos mais bem guardados da cidade. E porque não partir à sua descoberta e dos tesouros vegetais que albergam? Faustosos teixos, araucárias, ginkgos e metrosíderos aguardam a sua visita.
Abertura de inscrições: 29 junho 2017, às 9h00 (vagas preenchidas)
Embora privada das soberbas vistas sobre a foz do Douro e o Atlântico, que a partir de meados do século XIX potenciaram o aparecimento de alguns dos mais significativos espaços verdes públicos e privados da cidade, a zona oriental da cidade guarda também os seus tesouros. É aí, que já no século XVI, bispos e fidalgos erigem as suas quintas de recreio, nas escarpadas encostas do Douro, e onde, mais tarde, outras surgem, ligadas ao comércio do doce néctar do seu vale… Os jardins do palácio do Freixo e o Parque de São Roque são hoje vagas memórias desses tempos, mas e se os tulipeiros, canforeiras, afrocarpus e araucárias monumentais que por lá ainda habitam falassem? Que estórias teriam para nos contar?
O Porto oriental vê também nascer, em 1834, o primeiro jardim público da cidade – o de São Lázaro. Muitas famílias por lá terão passado ao longo de quase dois séculos de vida, mas pelo menos uma por lá sempre tem estado… e por que não trazer a sua, para uma reunião de família(s)?
Abertura de inscrições: 20 outubro 2017, às 9h00 (vagas preenchidas)
Pertencendo ao comummente designado conjunto de “Quintas do Campo Alegre”, os jardins das antigas casas de Riba d’Ave e do Gólgota, contemporâneos dos jardins da Casa Andresen, hoje Jardim Botânico do Porto, apresentam ainda o gosto dos seus antigos proprietários pelo colecionismo botânico, e muitas vezes invulgar e exótico, tão em voga no Porto, no século XIX.
Que histórias terão para nos contar nesta visita, as faias, tulipeiros e canforeiras que ainda hoje por lá podemos encontrar? E para finalizar, porque não apreciar a panorâmica vista, à sombra de, mais uma, monumental e aromática canforeira e do seu, não menos monumental companheiro, liquidâmbar?
Abertura de inscrições: 10 novembro 2017, às 9h00 (vagas preenchidas)
Ao longo do século XIX e início do século XX, são várias as quintas de recreio erigidas ao longo da Rua do Campo Alegre e na sua proximidade. Nestas, como as de Primo Madeira, Burmester, Andresen e Allen, os seus abastados proprietários constroem não só faustosas residências como também magníficos jardins, povoados por uma grande variedade de espécies exóticas ornamentais. Os seus donos e o carácter particular destas quintas há muito que desapareceram, mas os jardins e os seus mais nobres habitantes por lá continuam, a alegremente deslumbrar e a pacientemente aguardar por quem os visita. Acompanha-nos nesta visita a monumentais cedros, tulipeiros, teixos, plátanos, araucárias e muitos mais?