Na manhã de tempo instável do dia 10 de fevereiro, um grupo de 12 Voluntários do FUTURO não se deixou demover pelas condições meteorológicas e apareceram em Foz do Sousa, Gondomar para dar mais um contributo ao bosque nativo em crescimento.
O grupo percorreu cerca de um hectare e meio de área com a missão de colocar estacas nas jovens árvores nativas, plantadas em 2023, e sinalizá-las na paisagem para salvaguardar de cortes acidentais e facilitar a monitorização da área, que pretende averiguar a adaptação ao terreno das diferentes espécies e respetiva taxa de sobrevivência.
O trabalho resultou em 1200 estacas colocadas em que se verificou o bom desenvolvimento dos azevinhos (Ilex aquifolium), dos folhados (Viburnum tinus), dos medronheiros (Arbutus unedo) e das nativas de folha caduca, que apesar de despidas nesta altura, evidenciam-se pelos seus caules característicos de tom alaranjado no caso das bétulas (Betula pubescens) e um cinzento-esverdeado nos lódãos (Celtis australis).
O medronheiro proporcionou também aos participantes um momento de “caça ao tesouro” pois nele já habita a lagarta que se alimenta exclusivamente das suas folhas, mas que fica escondida, completamente mimetizada nas suas folhas criando um desafio para as descobrir. Depois irá metamorfosear-se na borboleta-do-medronheiro (Charaxes jasius), a maior borboleta diurna europeia.
Foi uma manhã que repentinamente passou pelas várias estações com direito a raios de sol, até granizo e arco-íris coloridos a pintar o céu entre os cinzentos e azuis, mas não tirou ânimo aos Voluntários que estão sempre determinados para as tarefas em mãos.
Muito obrigad@ por nos acompanharem em mais uma ação a promover a floresta nativa! 😊
FOTOS | Créditos: ©2024CRE.Porto.malmeida; ©2024CRE.Porto.amourao
Esta ação, desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pelo Município de Gondomar e o CRE.Porto, em colaboração com Moinhos de Jancido. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto. As árvores e arbustos (todos nativos) são provenientes do programa Floresta Comum e do Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones.