Foi na manhã de 8 de dezembro que 55 voluntários se encontraram em S. Pedro de Rates, Póvoa de Varzim para a primeira ação de plantação de uma nova área FUTURO, que integra a Rede de Bosques pelo Clima.

A comunidade poveira marca sempre uma presença notável e nesta ação não foi exceção. Com voluntários da Bolsa Concelhia de Voluntariado, Centro de Desporto e Cultura Juve-Norte, Grupo Recreativo de Regufe, Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual e também atletas do Póvoa Andebol Clube, juntaram-se a novos e conhecidos voluntários do FUTURO para recuperar o terreno do antigo campo de tiro e promover um bosque nativo. A área, de domínio municipal, com cerca de 5 hectares e um projeto de rearborização desenhado em parceria, visa transformar um terreno ocupado por eucaliptos e austrálias, numa floresta com árvores autóctones distintas, que irão desenvolver e proporcionar uma paisagem mais dinâmica e potenciar os seus serviços de ecossistema.

A meta para o dia era ambiciosa e foi alvo de adaptação, uma vez que o terreno não reunia as melhores condições em algumas das parcelas preparadas, devido à precipitação elevada nos dias prévios. Ainda assim, o fantástico grupo, em trabalho de equipa entre amigos e família, acompanhados sempre pela Vereadora do Ambiente, Sílvia Costa, conseguiram plantar 531 árvores! Entre as quais as nativas: bétula (Betula pubescens), carvalho-alvarinho (Quercus robur) e azevinho (Ilex aquifolium). As jovens árvores foram todos sinalizadas com estacas de madeira, oferecidas gentilmente pelas empresas A. J. Carvalho, Lda e Industria de Madeira – Irmãos Craveiro, Lda.

Com a tarde a principiar, os voluntários acabaram de plantar as últimas árvores e a ação terminou com o suspiro de uma voluntária: “exausta, mas feliz”, que encapsula o esforço realizado em torno de algo que nos aproxima da natureza, que gera momentos de convívio, de comunidade e o sentimento de poder contribuir para um propósito maior. 😊

O Centro do Clima da Póvoa de Varzim, primeiro no país, surgiu no âmbito do movimento do Município “Póvoa em Transição” para atuar especificamente nas questões centradas nas alterações climáticas. As florestas nativas têm um papel fundamental no sequestro de carbono, nos ciclos da água e solo, assim como são uma fonte importante de alimento e abrigo para a vida selvagem. Promovendo áreas com espécies nativas e conservando o arvoredo nativo existente, são duas grandes medidas para mitigar as consequências das alterações que têm vindo a intensificar-se de ano para o ano. Mas ainda nada está perdido, através de uma participação ativa do cidadão junto dos decisores é possível caminhar em direção a um futuro melhor, com um ecossistema mais resiliente.

As ações de plantação no Bosque pelo Clima continuam no próximo ano para instalar mais carvalhos, lódãos, medronheiros, entre outras. Em janeiro 2024, junte-se a esta transformação nativa.

Muito obrigad@ a todos pelo empenho e o tempo dedicado à nossa floresta! 😊

FOTOS | Créditos: ©2023CRE.Porto.malmeida ©2023CRE.Porto.amourao

Esta ação, desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pelo Município de Póvoa de Varzim, Centro do Clima de Póvoa de Varzim, Portucalea e o CRE.Porto. O CRE.Porto é uma rede de educação-ação para a sustentabilidade liderada pela Universidade Católica Portuguesa e pela Área Metropolitana do Porto. As árvores e arbustos (todos nativos) são provenientes do programa Floresta Comum e do Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO.

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