A iniciativa da Câmara Municipal do Porto “Se tem um jardim, temos uma árvore para si” regressou para a sua 5ª edição. Este ano, existem para oferta mais 1700 árvores e arbustos de 7 espécies nativas para os jardins e quintais privados do Porto. As candidaturas abrem hoje, 15 de março, e encerram a 5 de abril 2022.
Os residentes da cidade, portadores do Cartão Porto, bem como organizações sediadas no concelho, poderão candidatar-se a receber até 10 plantas, árvores e arbustos nativos reservadas para enriquecer os espaços verdes privados do Porto: medronheiro, bétula-portuguesa, lódão, pilriteiro, cipreste, macieira-brava e gilbardeira.
A escolha das espécies arbóreas mais adequadas para o jardim poderá ser um desafio. Por isso, na presente edição, antes da abertura de candidaturas, realizou-se uma sessão online (14 de março) para dar a conhecer as espécies nativas para oferta e responder a dúvidas sobre o que será mais adequado receber no jardim.
Para quem não tem terreno, na sua residência ou organização, para plantar os futuros gigantes ou magníficos arbustos, este ano terá a possibilidade de candidatar a sua varanda ou pátio para receber 4 plantas nativas pequenas que melhor se adaptam a pequenos espaços.
O “Se tem um jardim, temos uma árvore para si” surgiu em 2016, no âmbito do projeto municipal FUN Porto – Florestas Urbanas Nativas no Porto, alinhado com o propósito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto. Nas quatro edições até ao momento realizadas, foram oferecidas 8361 plantas nativas. Ambiciona-se nesta edição alcançar as 10.000 árvores e arbustos instalados nos jardins privados da cidade pelas mãos da comunidade.
Estas novas árvores e arbustos vão reforçar a infraestrutura verde da cidade, para ao longo das gerações proporcionar um Porto ainda melhor, com os elementos naturais que o caracterizam. Manifestando igualmente a estratégia ambiental e de contributo para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, que o Município do Porto tem em prática. Para além dos encantos que acrescentam aos jardins, as árvores têm inúmeros benefícios comprovados: melhoram os momentos de descontração e lazer, nos adultos e nos mais jovens, aumentam a capacidade de concentração, estimulam a criatividade e até a prática de atividade física. Com as árvores, especialmente as nativas, por fazerem parte da história e evolução do território, criam-se elos entre o bem-estar do ser humano e a Natureza. Mas mantê-las na cidade, por longos anos, permite enaltecer o seu grande valor ecológico – o contributo inigualável para a melhoria da qualidade do ar, da redução da temperatura na cidade em picos de calor, do sequestro de carbono, da regulação da água, da conservação do solo e da promoção da biodiversidade.