Sabe o que é uma zêlha? Onde estão os núcleos raros de teixo no nosso país? Barrete-de-padre e cornisco serão nomes familiares? Estas e muitas outras perguntas foram respondidas no passado dia 10 de fevereiro, no Viveiro Municipal do Porto, em mais uma atividade do Ambiente em Família, promovido pela Câmara Municipal do Porto.
Após as duas sessões dinamizadas em anos anteriores, o FUTURO foi mais uma vez convidado a participar na iniciativa “Ambiente em Família”. Este ano, o tema escolhido foi o das espécies em extinção, raras, ameaçadas e/ou menos conhecidas da nossa flora e que estão a ser alvo de um projeto de propagação no Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO (Viveiro Municipal do Porto). Assim, durante esta manhã de sábado, os 28 participantes, entre adultos e algumas crianças, estiveram a aprender um pouco mais sobre este património natural ainda tão desconhecido. A nossa flora é de facto muito rica mas ainda pouco conhecida e isso notou-se pelo ar de surpresa e ao mesmo tempo entusiasmo no rosto dos participantes. No final da manhã e após uma visita aos espaços onde estão a crescer as plantas nativas do Viveiro do FUTURO, houve ainda tempo para que todos dessem um contributo para esta bolsa de plantas, através da sementeira de jasmineiro-do-monte (Jasminum fruticans) também ele pouco conhecido da maioria dos semeadores!
Portugal é um dos hotspots mundiais de biodiversidade que possui espécies de flora únicas, mas que atualmente estão em perigo, quer devido à fragmentação dos ecossistemas florestais, alterações climáticas, quer à perda de habitat pelo fogo e outras perturbações humanas. Com cada espécie que se perde, desaparece um pouco da nossa história natural e cultural, bem como se extingue um potencial biológico de elevado valor, muitas vezes ainda desconhecido. Desta forma, o município do Porto, no âmbito do projeto FUN Porto está a apoiar a produção e estudo de algumas destas espécies como o corniso (Cornus sanguínea), a gilbardeira (Ruscus aculeatus), o teixo (Taxus baccata), a zêlha (Acer monspessulanum) e ainda o colorido mas tão raro e belo barrete-de-padre (Euonymus europaeus).
Estas e outras espécies estão a ser alvo de um dedicado estudo que visa conhecer melhor os segredos da sua propagação e crescimento, por forma a contribuir, em breve, para a sua expansão no território da região Norte do País.
Obrigad@ a todos!
FOTOS | Créditos: ©2018CREPorto.ampereira e ©2018CarlaMoreira
Esta atividade foi realizada no âmbito da iniciativa “Ambiente em Família” promovida pela Câmara Municipal do Porto.
O Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO é uma parceria entre o CRE.Porto, a Câmara Municipal do Porto, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Conta com o apoio da Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Tratamento de Resíduos da Região Porto, da Silvapor – Ambiente e Inovação, da Leal & Soares e do projeto Sementes de Portugal. O Viveiro está licenciado pelo ICNF como fornecedor de materiais florestais de reprodução.