Diz o ditado que não há duas sem três e no caso da Escola Secundária de Rio Tinto faz todo o sentido: o Professor José Carlos e os seus alunos do curso profissional de turismo ganharam a coragem e decidiram este ano abraçar três das modalidades da Rede de Escolas do FUTURO. Apesar da responsabilidade acrescida, podemos afirmar que vontade e dinamismo não faltam.
À semelhança do ano letivo anterior, houve uma continuação da produção de plantas nativas ao criarem novamente um viveiro de espécies florestais, mas a vontade de contribuir para os objetivos do FUTURO não ficou por aqui e quiseram levar a sua participação mais além, ao adotarem uma área do FUTURO. A área é a Quinta de Ribeiro de Colmeias (Foz do Sousa) e o grupo esteve ai a trabalhar no passado 17 de março. Nesse dia, um pequeno grupo de alunos aprendeu com o seu Mentor, o arquiteto Nuno Gomes Lopes, a fazer a delimitação do perímetro da parcela, aproveitando para se familiarizar com os Sistemas de Informação Geográfica (SIG).
Alguns dias mais tarde (3 de abril) o Mentor regressou à escola e para falar da importância dos SIG na gestão do território e, em particular, da floresta, dando como exemplo o projeto FUTURO. Nesta sessão participaram alunos do secundário e do curso profissional, num total de 37. Ao longo da sessão apresentaram-se plataformas que podem ser utilizadas para nos guiarmos no terreno e/ou delimitarmos parcelas para uma posterior exploração e tratamentos de dados através de programas específicos de leitura de mapas. A utilização de telemóveis dentro das escolas nem sempre é vista com bons olhos mas neste dia especial todos foram desafiados a fazer download da aplicação “Open GPS Tracker” (download AQUI) que seria útil para os trabalhos seguintes.
Os alunos da ES de Rio Tinto querem igualmente conhecer e valorizar o seu património local. Visitamos em conjunto a área que se propuseram estudar e conservar. O espaço escolhido foi um parque existente entre as estações de metro de Rio Tinto e Campainha, que acompanha uma linha de água. Este local, com espaços urbanizados, relvados e estruturas de apoio aos visitantes possui ainda um espaço natural no qual se podem encontrar espécies típicas dos corredores ribeirinhos, tais como amieiros (Alnus glutinosa), freixos (Fraxinus angustifolia), salgueiros (Salix sp.) e choupos (Populus sp.). É nesta área que o grupo irá fazer o trabalho de campo, propor medidas de conservação da fauna e flora existentes e de aumento da biodiversidade. Com as aprendizagens obtidas sobre SIG e delimitação de perímetros, recolheram os dados da sua área que serão exportados para o GoogleMaps, onde posteriormente poderão explorar outras ferramentas.
“Ao propormo-nos a cuidar deste espaço estamos a deixar uma marca do nosso trabalho na cidade!”. Acreditamos profundamente que assim será.
Parabéns pelo trabalho, empenho e dedicação!
FOTOS |Créditos: ©2017CRE.Porto|ampereira
A Rede de Escolas do FUTURO é uma iniciativa do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, um projeto desenvolvido pela Universidade Católica Portuguesa e Área Metropolitana do Porto no âmbito CRE.Porto – Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto. O objetivo do Programa de Mentores da Rede de Escolas do FUTURO é o de garantir apoio às Escolas através do estabelecimento de laços entre os docentes coordenadores e especialistas em diversas áreas de intervenção, que colaboram graciosamente. Conheça as entidades e pessoas envolvidas no projeto