O ponto de encontro foi às nove horas do dia 17 de dezembro no largo de Vilarinho, em Macieira da Maia, concelho de Vila do Conde. À medida que cada um dos dos trinta e um voluntários presentes chegava ia sendo encaminhado pelos caminhos entre muros que conduziam ao portão da Quinta do Corgo, uma belíssima propriedade que é hoje em dia uma grande e diversa floresta. O terreno onde iríamos trabalhar era uma das poucas clareiras nessa floresta, um campo agrícola em reconversão para bosque nativo. Num canto mais perto da estrada estavam as 480 árvores plantadas em 2015, que devidamente estacadas e protegidas marcavam aquela área do terreno.
O objetivo para o dia era reproduzir essa plantação no resto do campo. O trabalho foi acompanhado por uma equipa de sapadores da Portucalea, que assegurou que nenhuma cova ficava para trás e que as plantações decorriam da melhor maneira.
Nesta jornada ninguém se queixou de terreno inclinado ou de excesso de pedras mas existia outra dificuldade apresentada aos plantadores: salamandras! As nossas amigas de pintas amarelas (Salamandra salamandra) , entre outros anfíbios, acharam que as covas eram abrigos ideais para o inverno que se avizinha e amontoaram-se nestes buracos húmidos e abrigados. Uma das covas tinha dez salamandras! Assim foi criada uma nova modalidade de plantação: aninhar-se junto à cova para verificar a existência de salamandras, juntar umas quantas com as mãos (sem as magoar!) e levá-las para a orla da floresta, onde estariam protegidas de confusões e pisoteios. Só depois se podia voltar à enxada.
Apesar deste ligeiro contratempo os nossos voluntários conseguiram plantar novecentos e quinze freixos e estacar uma boa parte deles. Pelos sorrisos cúmplices que vimos, todos quererão voltar para rever as novas amigas de pintas amarelas.
Muito obrigad@!
FOTOS Créditos: ©2016CREPorto|mpinto ; ©2016CREPorto|malmeida
Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pelo CRE.Porto em parceria com a Câmara Municipal de Vila do Conde. Colaborou a Portucalea – a Associação Florestal do Grande Porto e a Equipa de Sapadores Florestais de Vila do Conde. As árvores (todas nativas) foram produzidas no Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do FUTURO.