Na manhã do 4 de dezembro, depois de semanas com muita chuva e tempo incerto, foi com alguma surpresa que os vinte e um voluntários foram brindados com um dia seco em Arouca. Com algum frio, é certo, mas sem chuva. A tarefa que nos esperava era, ao mesmo tempo, triste e recompensadora. Triste por se tratar dum terreno em Moldes, na encosta norte da serra da Freita, que ardeu no último verão. Recompensadora por percebermos que muitas das plantas resistiram ao teste do fogo e mostravam já sinais evidentes de recuperação.
Antes de se avançar para o trabalho o Engº Manuel Rainha, do ICNF, fez uma pequena introdução à ação do fogo no território e as suas consequências, tanto na vida selvagem como no solo. Todos verificaram que, apesar de ter chovido muito nos dias anteriores, a água não se entranhara no terreno, ficando pela superfície que, por estar recoberta de cinza, causava escorrências e extensas feridas na encosta.
O trabalho consistiu na limpeza das caldeiras e na colocação de estacas. Mesmo nas caldeiras sem plantas vivas foram colocadas estacas, o que facilitará trabalhos posteriores de manutenção e plantação. Martelos e marretas foram os instrumentos de eleição, e pelo dia fora ouviu-se um martelar contínuo do aço contra a madeira pouco vulgar naqueles lugares serranos.
O dia acabou como começou, nas confeitarias do centro de Arouca, em alegre convívio. Todos os presentes, desde os veteranos aos que nos acompanhavam pela primeira vez, tinham aquele brilho nos olhos de quem certamente irá voltar.
Muito obrigad@!
FOTOS ©2016CRE.Porto rruiz; ©2016CRE.Porto malmeida; ©2016CRE.Porto mpinto.
Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, foi organizada pelo ICNF e CRE.Porto.