Ontem assistimos à formalização do “Pulmão Verde do Porto”, um acordo entre os municípios de Gondomar, Paredes, Valongo para criar uma área protegida nas serras que partilham (Santa Justa, Pias, Castiçal, Boneca), sob o auspício da Área Metropolitana do Porto. A assinatura aconteceu simbolicamente no local de encontro entre os 3 municípios.

Ao olhar em redor é muito fácil perceber o potencial da área mas o desafio é grande, principalmente porque o território está literalmente dominado por eucalipto. Há-o a perder de vista. Por isso, o potencial ambiental, paisagístico, de biodiversidade, ecoturismo e lazer destas serras está ainda limitado. Estas últimas palavras são nossas mas foram de algum modo partilhadas pelos protagonistas nos seus discursos, os presidentes dos três municípios: Celso Ferreira, José Manuel Ribeiro e Marco Martins.

Na verdade, nessa manhã, todos sentimos na pele as consequências da
falta de uma verdadeira floresta. Estávamos diretamente sob o sol, a
temperatura estava alta e não existia qualquer possibilidade de nos
protegermos numa sombra. Os solos, pobres e poeirentos, eram levantados
pelo vento e lançados sobre nós em leves rajadas. A presença de árvores
nativas neste contexto protegeria o solo, refrescaria o ar e ofereceria
sombra.

Desejamos o maior sucesso à área protegida a criar e estamos certos que o “FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto” terá um papel fundamental na continuidade da reabilitação deste “Pulmão Verde do Porto”, como já tem vindo a fazer, em particular na Serra de Santa Justa.