O dia 8 de maio foi dedicado a Matosinhos e à Agricultura, integrado nas Rotas das Árvores e Florestas da Área Metropolitana do Porto. Começamos por explorar a Quinta de São Gens, na Senhora da Hora. Quem a vê por fora não imagina o fabuloso arboreto que aqui está em desenvolvimento, nem o know-how de quem cá trabalha e se dedica às florestas ou à agricultura (serviços da DRAPN).
Tivemos o privilégio de contar com uma acolhedora receção (Jorge Fernandes), uma apresentação sobre a importância das árvores na agricultura da nossa região (Augusto Assunção) e uma visita guiada às espécies aqui plantadas, maioritariamente em 2004 (Ivo Gomes) e que acabaram com a praga de ratos. Sabia que no Norte somos responsáveis por 85% da produção nacional de castanha (variedades padrela, soutos da lapa, longal…)? E que o arco e flechas do Robin de Bosques eram feitos de Teixo?
Como só vendo com os próprios olhos é que se pode acreditar no encanto deste espaço, contamos um segredo: durante a semana qualquer pode visitar esta quinta, bastando entrar pelo portão que está virado à Circunvalação, em frente ao quartel da Escola Prática de Transmissões.
Rumamos então a Santa Cruz do Bispo para estrear a cozinha da Quinta de S. Brás, um centro de educação ambiental acabadinho de inaugurar e que integra o Parque Ecológico. Depois das boasvindas (Margarido Bento Pinto), ficamos a conhecer os milagres operados pelas bolotas: antixodiantes, antimicrobianas, sem glúten, ricas em fibra, ómega 3, etc., etc.. Se dizemos milagres não é porque tenham sido revelados pela Universidade Católica (Sara Silva), mas porque é realmente difícil de entender como deixamos de comer este alimento fabuloso, atualmente associado aos porcos.
Com a ajuda das Vergadas Aromáticas (Isabel e Patrícia Rocha) preparamos umas deliciosas bolachinhas (mnham, mnham), que saboreamos ainda quentes, bem acompanhadas com um “café” de bolota. Aposto que ficaram com vontade de experimentar, por isso aqui fica o link.
Depois de assistir a uma guerra silenciosa entre um pinheiro manso e um eucalipto, com plátanos monumentais como testemunhas, subimos o Monte de S. Brás pelo meio da mata e, já na companhia do Homem da Maça, ficamos a conhecer o que se passa no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, nomeadamente os trabalhos agrícolas realizados pelos reclusos.
Não podíamos terminar sem realizar o nosso ritual de abraçamento de árvores, desta vez a muitas mãos (dos 32 participantes) e com um sobreiro centenário como “alvo”. Temos que cá voltar.
Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, é organizada pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo CRE.Porto, com o apoio da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo e das Vergadas Aromáticas. É cofinanciada pelo ON.2.