Tudo sobre Árvores: a sua biologia, lendas e curiosidades. Alguns dos mais magníficos (e desconhecidos) jardins da Cidade. As Quintas do Campo Alegre e os Caminhos do Romântico. E ainda… (re)aprender a desenhar.
Este é o desafio para o dia 6 de junho (sábado, 14h00-20h00), integrado nas Rotas das Árvores e Florestas na Área Metropolitana do Porto. Inscrições já abertas, gratuitas e limitadas.
“À sombra de árvores com história” é o título de um livro indispensável para quem quer conhecer as árvores do Porto. E, se não fosse plágio, poderia ser a síntese desta nossa proposta.
Vamos percorrer alguns dos mais belos “e “desconhecidos” jardins históricos do Porto. Depois de espreitar o Palácio de Cristal – com as altivas araucárias-de-Norfolk (Araucaria heterophylla) e o tímido metrosídero (Metrosideros excelsa) – iremos explorar os jardins da Casa Tait. Vamos descobrir exemplares monumentais e classificados, como é o caso de um imenso tulipeiro (Liriodendron tulipifera) com algumas centenas de anos e descendência já crescida, bem acompanhado de alguns carvalhos (Quercus robur) e magnólias (Magnolia grandiflora), igualmente monumentais. Este jardim representa a típica quinta de recreio procurada por famílias estrangeiras no século XIX, tendo neste caso sido pertença de William Tait (1844-1925), um nome ligado ao vinho do Porto e com vasta formação naturalista.
Pelos Caminhos do Romântico iremos chegar às “Quintas do Campo Alegre“, iniciando a nossa descoberta pelos jardins da CCDR-N, habitualmente fechados ao público. Aqui vamos certamente ficar maravilhados com as imensas canforeiras (Cinnamomum camphora) – as maiores da cidade – ou o Ginkgo biloba, árvore de origem chinesa que já existia no tempo dos dinossauros.
Iremos então entrar em terrenos universitários. Depois de passar junto à Casa Primo Madeira iremos explorar os jardins da Casa Burmester, com os seus teixos (Taxus baccata) e castanheiros-da-índia (Aesculus hippocastanum). De seguida vamos espreitar o Jardim Botânico, para conhecer os medronheiros (dos nossos – Arbutus unedo – e do texas – Arbutus xalapensis), a tuia gigante (Thuja plicata) ou o carvalho-das-telhas (Quercus imbricaria), que circundam o jardim do Xisto, projetado por Franz Koepp nos anos 50.
Para terminar rumaremos à Casa das Artes e Casa Allen. Nesta última funciona atualmente a DRCN tendo sido construída por um neto de Alfredo Allen (1828-1907), nome incontornável dos jardins da cidade. O inevitável tulipeiro, que encontramos em todos os jardins percorridos, irá mostrar-se aqui em todo o seu máximo esplendor – e muito bem acompanhado de uma faia (Fagus sylvatica) e, imagine-se, de muitos diospireiros. Será este tulipeiro a mais bela árvore do Porto?
A guiar o nosso percurso, um dos maiores botânicos da Universidade do Porto, o Prof. Rubim Almeida, profundo conhecedor e amante de árvores, que nos irá dar a conhecer a história de vida de cada espécie, sejam fatos científicos ou lendas. Pode conhecer desde já algumas na nossa série “Árvores com História“.
A acompanhar-nos um grupo de urban sketchers, apaixonados por desenhar o nosso Mundo e que irão partilhar a sua arte. Por isso não se esqueçam de trazer um caderno de capa dura e o material da vossa preferência (grafite, caneta, marcadores, lápis de cor, o que quiserem).*
Terminamos esta descrição citando Sophia, a mais talentosa artista que estes jardins conheceram: “Jardins docemente abandonados a uma solidão dançada pelas brisas enquanto um longo sussurro de adeus acena de folha em folha nos ramos mais altos das árvores. Jardins onde reconhecemos que a vida é um sonho do qual jamais acordamos (…)”.
Detalhes & inscrições. (Após a sua inscrição enviaremos recomendações, indicação do ponto de encontro e outras informações úteis para o seu e-mail).
*Aviso: nos termos da lei informamos que a ilustração de árvores pode ser viciante
Esta atividade desenvolvida no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, é organizada pela Câmara Municipal do Porto e CRE.Porto, com o apoio de Rubim Almeida (Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) e Urban Sketchers Portugal Norte. É cofinanciada pelo ON.2.