O Viveiro Municipal do Porto será durante os próximos 18 meses, o espaço onde vão germinar e crescer muitas das árvores do FUTURO. Carvalhos, castanheiros, bétulas, cerejeiras, azevinhos, medronheiros, azereiros, sobreiros, entre outras espécies nativas da flora da região (num total de 14), serão semeados esta semana. As 10.000 árvores e arbustos produzidos irão ser posteriormente plantados no âmbito do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto.
A participação da Câmara Municipal do Porto no FUTURO não é nova mas aprofunda-se agora com a instalação desta área de viveiro de espécies de árvores e arbustos nativos no Viveiro Municipal, através de um acordo de colaboração que prevê a cedência de 250 m² de área em estufa e 400 m² de área em canteiro exterior, bem como colaboração dos operacionais da autarquia em atividades de preparação da sementeira, repicagem, monda, plantação e rega regular. Colaboram ainda na instalação deste viveiro de plantas nativas o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, que apoia com conhecimento técnico específico sobre sementeira de espécies florestais autóctones (merece um agradecimento especial o Engº Luís Côrte-Real), a Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Tratamento de Resíduos da Região Porto, que cedeu a esta iniciativa 3,5 toneladas de composto Nutrimais, a Área Metropolitana do Porto, parceiro principal do projeto, e a CCDR-N que reconheceu o mérito da iniciativa com o cofinanciamento através do programa ON.2. A iniciativa é promovida pela Universidade Católica Portuguesa, no contexto do CRE.Porto.
A finalidade do FUTURO é rearborizar áreas que necessitam de reconversão com cerca de 100.000 árvores de espécies nativas, com a participação das entidades competentes e seus profissionais, ao mesmo tempo que se criam condições para que os cidadãos possam formar-se e envolver-se ativamente na criação e manutenção das florestas urbanas. O território de intervenção estende-se pelos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (Arouca, Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Paredes, Porto, Póvoa de Varzim, São João da Madeira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vale de Cambra, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde). Até ao momento foram plantadas, mantidas e monitorizadas 34.139 árvores nativas em várias parcelas dispersas por vários municípios, com a colaboração de 37 instituições, 6.083 participações voluntárias individuais e 16.083 horas de voluntariado oferecidas pelos cidadãos da região. O projeto arrancou em outubro 2011 e estende-se até 2016.