Foto: Marta Pinto |
Um interessante artigo de D. Nowak (2006) coloca as florestas urbanas como a melhor ‘biotecnologia’ disponível para minimizar os efeitos adversos da vida urbana no ambiente e na saúde dos seus residentes.
As florestas urbanas melhoram a qualidade ambiental e a saúde humana no interior e arredores das cidades. Os benefícios quantificáveis (embora não perceptíveis para a maioria dos residentes) acontecem na qualidade do ar, na qualidade da água, na regulação da temperatura, na redução da radiação ultravioleta, entre outras. Por exemplo, a quantidade de poluentes atmosféricos captados pelas florestas urbanas no município de Fuenlabrada, (205.000 habitantes, Área Metropolitana de Madrid, Espanha) atinge 8 toneladas métricas (um valor muito modesto quando comparado com cidades como Nova Iorque, Atlanta, Toronto, já que Fuenlabrada tem uma área urbanizada relativamente pequena). Os principais poluentes captados são o ozono (3 toneladas), as particulas PM10 (3 toneladas) e o dióxido de azoto (2 toneladas).
O autor conclui que a criação de programas de promoção das florestas urbanas é um meio ‘biotecnológico’ extremamente eficiente para cumprir vários padrões ambientais (de qualidade do ar, da qualidade da água, da redução de gases com efeito de estufa, da redução de consumo de energia…), já que as árvores garantem um serviço múltiplo a um custo único.